Quando tratamos o desenvolvimento de software como um projeto, estamos atribuindo a ele um começo e um fim, pois todo projeto tem começo e tem fim claramente definidos. Em relação ao começo, sem problemas, todo desenvolvimento de software tem um começo claramente definido.
Sendo assim, ao contrário de um projeto, o desenvolvimento de software, e o próprio software, não têm um fim claramente definido. Quando chamamos desenvolvimento de software de projeto, somos obrigados a definir um fim para esse desenvolvimento, pois projetos têm começo e fim claramente definidos. Normalmente definimos como fim de um projeto de desenvolvimento de software a tal primeira versão do software. Mas o que acontece depois que o projeto acaba e a primeira versão do software é entregue? Não vamos fazer mais nada em relação a esse software? Ou vamos começar um novo projeto para fazer a segunda versão desse software? Se vamos começar um novo projeto para fazer a segunda versão desse software, o que fazemos com o software enquanto não começamos essa segunda versão?
Por isso cada vez mais as empresas têm tratado desenvolvimento de software como um processo e não como um projeto, e o software como um produto desse processo. O software é um produto, que tem começo claro, mas não tem fim claramente definido. A história de um produto é escrita ao longo da vida desse produto e o fim depende muito das decisões que são feitas ao longo desse ciclo de vida.
Daí a importância da gestão de produtos de software para a nossa indústria.