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                      Ao invés de arquétipos, devemos pensar em dimensões da liderança em produto

                      28 de agosto, 2025

                      Nas últimas semanas, o tema dos arquétipos de liderança em produto ganhou destaque. Em conversa com Christian Idiodi no episódio de 21/08 do podcast Product Therapy, Shreyas Doshi apresentou três estilos de liderança de produto: o craftsperson, o operador e o visionário. Poucos dias depois, Marty Cagan comentou o mesmo tema em um artigo publicado na SVPG, em 27/08.

                      Ambos são excelentes para entendermos melhor o que compõe uma boa liderança de produto. Explicam o que são esses arquétipos, como uma pessoa pode tender mais para uma ou mais para outra, que a habilidade de craftsperson é a base para qualquer líder de produto e como devemos saber usar cada uma dessas habilidades a depender do contexto onde estamos.

                      Contudo, como gosto muito de ler e de escrever, quando me deparei com o termo “arquétipo”, senti um certo desconforto. A palavra pode dar a falsa impressão de que líderes são definidos por um único tipo — quase como se fosse um carimbo imutável.

                      Na prática, liderança em produto é mais dinâmica. Uma boa líder precisa reconhecer sua preferência natural, mas também cultivar habilidades nas três frentes para ser eficaz em diferentes contextos.

                      As limitações do termo “arquétipo”

                      O termo arquétipo traz duas leituras limitantes:

                      • Arquétipo é único – como se fosse necessário escolher entre ser visionária, craftsperson ou operator, e pronto. Apesar de Shreyas, Christian e Marty explicarem o contrário, o termo “arquétipo” carrega esse senso de que ou somos craftsperson, ou somos operador o somos visionário
                      • Arquétipo é definitivo – como se esse fosse o “tipo fixo” de cada pessoa, sem espaço para evolução consciente. Novamente Shreyas, Christian e Marty falam da importância de evoluirmos como líderes e que precisamos desenvolver as habilidades em que somos piores, mas o termo arquétipo traz esse significado de “carimbo definitivo”, o que inibe a busca por evolução.

                      Essa interpretação pode levar líderes a se acomodarem apenas no que já dominam, empresas a contratarem perfis repetidos e times a ficarem desequilibrados.

                      Shreyas propõe o uso do termo “chapéus” como alternativa a “arquétipos”, mas esse termo também tem limitações, uma vez que só usamos um chapéu por vez, e há situações em que a líder de produto precisará usar simultaneamente habilidades de mais de um chapéu. Além disso, o chapéu também não evolui.

                      As dimensões da liderança de produto

                      Durante toda a minha carreira, percebi a necessidade de utilizar simultaneamente habilidades que pertencem a diferentes arquétipos e sempre busquei me desenvolver nas habilidades de liderança em que estava aquém do necessário.

                      Por isso, prefiro tratar essas habilidades não como pertencentes a “arquétipos”, mas sim a “dimensões” da liderança de produto:

                      • Dimensão do Craft (produto): profundidade em entender clientes, problemas e soluções.
                      • Dimensão da Visão: capacidade de enxergar o futuro e inspirar com uma direção clara.
                      • Dimensão da Operação: habilidade de escalar times, estruturar processos saudáveis, gerenciar stakeholders e desenvolver pessoas.

                      Ao encarar como dimensões:

                      • Reconhecemos que todos temos preferências naturais, mas podemos expandir as demais.
                      • Ganhamos uma agenda de desenvolvimento contínuo: identificar onde somos fortes e onde precisamos evoluir.
                      • Passamos a enxergar a liderança como algo adaptativo ao contexto: cada fase da empresa e do produto exige ênfases diferentes.

                      Conclusão

                      Tanto o artigo do Marty Cagan quanto a conversa de Shreyas Doshi com Christian Idiodi são contribuições valiosas para refletirmos sobre liderança em produto. Eles ajudam a identificar preferências, superpoderes e contextos em que cada estilo faz mais sentido.

                      Meu ponto aqui não é discordar, mas complementar: ao invés de enxergarmos arquétipos fixos, podemos olhar como dimensões da liderança de produto. Cada líder tem sua preferência natural, mas a eficácia está em saber equilibrar craft, visão e operação conforme o contexto e as necessidades do produto e evoluir as habilidades em que somos fracos para nos tornarmos pessoas líderes mais completas e, consequentemente, melhores.

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