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                      Visting Drogasil
                      Discovery no dia a dia
                      8 de julho, 2025
                      North Star não deveria ser uma métrica, mas sim um destino
                      22 de julho, 2025

                      Quanto tempo devemos dedicar ao discovery?

                      15 de julho, 2025

                      Essa é uma das perguntas mais frequentes quando falamos de discovery: quanto tempo devo dedicar? Dias? Semanas? Meses?

                      A resposta curta é um paradoxo! Devemos dedicar o mínimo de tempo possível e, ao mesmo tempo, fazer discovery o tempo todo.

                      Por que o mínimo possível?

                      Na Cultura de Produto, temos os princípios das entregas rápidas e frequentes e de entrega de resultado. Não faz sentido passar meses em análises antes de colocar algo nas mãos da cliente. Discovery não é sobre buscar certeza absoluta, porque isso não existe, mas sobre reduzir riscos antes de investir pesado.

                      Por isso, use a caixa de ferramentas de discovery para responder perguntas específicas:

                      • O problema existe?

                      • A solução proposta é viável?

                      • Existe valor suficiente para a cliente e para o negócio?

                      Quando tiver sinais suficientes para seguir, pare e entregue. O valor está em aprender rápido e agir, não em prolongar investigações.

                      E os riscos devem ser priorizados!

                      Exemplo real: Gympass Wellness

                      Em outubro de 2019, quando eu liderava a gestão de produtos no Gympass, decidimos trabalhar em uma ideia chamada “hub de parcerias do usuário final Gympass”. O plano era fazer parceria com aplicativos de bem-estar e fornecê-los aos nossos usuários.

                      Essa nova ideia tinha duas hipóteses principais que precisávamos testar:

                      • Disposição para parceria dos fornecedores. Eles estavam acostumados com o modelo de receita mensal recorrente. Aceitariam ser pagos por dia de uso?

                      • Disposição de pagar da nossa base de usuários. Estariam dispostos a pagar uma mensalidade para acessar esses aplicativos?

                      Para testar a primeira hipótese, construímos um deck de slides com a proposta de valor e conversamos com parceiros em potencial. Apresentamos a ideia a 8 empresas, 6 mostraram interesse e 4 toparam participar.

                      Primeira hipótese validada. Agora, a segunda: os usuários pagariam? Para testar, criamos um formulário simples descrevendo o produto e pedindo nome, e-mail e empresa. Depois, levávamos para uma página de assinatura no PayPal. Não havia produto real, só uma simulação para medir intenção. Quem se inscrevia recebia um e-mail com links de ativação dos apps.

                      Esse discovery nos permitiu criar o Gympass Wellness, produto essencial durante a pandemia. Quando os funcionários das clientes foram para casa, seus RHs pensaram em cancelar o contrato. Passamos a oferecer o Wellness como solução perfeita: atividade física, nutrição, meditação e bem-estar mental sem sair de casa!

                      Perceba que não testamos tudo de uma vez. Primeiro validamos se haveria parceiros. Se não houvesse, não adiantaria testar disposição de pagar dos usuários.

                      Por que o tempo todo?

                      Ao mesmo tempo, discovery é uma mentalidade.

                      Um time orientado a produto vive em modo discovery o tempo todo. Observando como a cliente usa o produto, analisando dados, acompanhando o mercado, questionando hipóteses.

                      Não significa entrevistas intermináveis, mas manter uma postura constante de curiosidade:

                      • Por que essa métrica mudou?

                      • O que essa reclamação revela?

                      • Que comportamento emergente está aparecendo?

                      • Essa pessoa parece uma potencial usuária. O que posso perguntar?

                      Essa atenção contínua mantém o produto evoluindo sem depender de grandes “projetos de discovery” que atrasam a entrega.

                      Dois exemplos simples do meu dia a dia no Gympass:

                      • Na drogaria: Saindo do escritório, parei em uma Drogasil. A atendente viu minha camiseta do Gympass e chamou a colega: “Olha, alguém do Gympass!” Virei a chave para discovery. Perguntei como usavam o benefício. Elas contaram que frequentavam academias próximas de casa e do trabalho, deram sugestões para melhorar o app e a experiência. Aquela visita virou uma sessão de aprendizado valiosa.
                      • No Uber: Em Londres, após reuniões com a Uber (nossa cliente), chamei um carro. O motorista viu minha camiseta e comentou que tinha acabado de receber o benefício e adorava. Entre uma corrida e outra, conseguia parar numa academia. Em poucos minutos, aprendi muito sobre a experiência dele.

                      Claro que isso é mais fácil com produtos B2C de grande alcance, mas o que importa é a mentalidade: estar sempre curioso para aprender mais sobre a cliente, o problema, o contexto e a motivação para resolvê-lo.

                      Mais um exemplo recente:

                      Postei uma foto de uma talk que dei para um time de uma cliente européia. Dias depois, o brasileiro que me convidou pediu para tirar a imagem por solicitação do jurídico. Coloquei meu chapéu de discovery: por quê? Era uma preocupação com GDPR, a LGPD européia, algo que vivi de perto no Gympass entre 2018 e 2020. Descobri nuances: empresas alemãs têm muito menos flexibilidade que portuguesas, em relação à GDPR. A preocupação com dados pessoais vem do contexto da Segunda Guerra, quando os nazistas utilizaram toda a base de dados da população (nome, religião, endereço, etc.) para perseguirem os judeus. Foi um insight cultural valioso, gerado por curiosidade.

                      O paradoxo

                      Então, quanto tempo você deve dedicar a discovery?

                      • No ciclo: o mínimo necessário para reduzir risco e destravar a próxima entrega.
                      • Na cultura: o tempo todo, porque discovery é uma forma de enxergar e agir.

                      Assim como a cultura de produto, discovery não é um processo com começo, meio e fim. É uma prática constante!

                      Treinamento e consultoria em gestão de produtos e transformação digital

                      Ajudo empresas e lideranças (CPOs, heads de produto, CTOs, CEOs, tech founders e heads de transformação digital) a conectar negócios e tecnologia por meio de treinamentos e consultoria focadas em gestão de produtos e transformação digital.

                      Gestão de produtos digitais

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                      • Liderança de produtos digitais: A ciência e a arte da gestão de times de produto.
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